terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Análise: TOC Monthly Ultra Jump #01/Janeiro (Ano 2017).


Emperor JoJo!

Escrito por Leonardo Nicolin.

Após vários meses de ausência, trago de volta para vocês a análise da TOC da Ultra Jump, também conhecida como a revista na qual o imperador JoJo domina. Aliás, esse ano o imperador completará 30 anos de vida, e por isso teremos uma grandíssima comemoração por parte da Ultra Jump. Com clima de fim de ano e aniversário de 30 anos, vamos analisar a TOC da Ultra Jump, e entender como está a situação dos mangás da revista.

TOC Monthly Ultra Jump #01:
Jojolion (Capa)
01 - Dasei 67 Percent
Border World -Hekiraku no TAO- (Página colorida, Nova Serie)
02 - Ariadne no Kanmuri
Mononogatari (Página colorida)
03 - Lostorage Incited WIXOSS (Fim)
04 - Maou-sama Chotto Sore Totte!!
05 - Koi wa Hikari
Lady & Oldman (Pagina colorida)
06 - Biorg Trinity
07 - Monster's Kindergarten 
08 - Gingitsune
09 - No Guns Life
10 - RWBY
11 - Connect
Mousou no Susume (One Shot)
12 - Rapaz Theme Park
13 - Hayate×Blade 2
14 - Ad Astra
Chikuwa no Aru Nichijou (One Shot)
Levius/est (Ausente)
Rozen Maiden 0 (Ausente)


Previa da Ultra Jump #2

Capa: No Guns Life
Pagina colorida de abertura: Melancholia (Nova Série de Douman Seiman; 2 Capítulos)
Pagina colorida: Gingitsune, No Guns Life, Levius/est, Maousama Chotto Sore Totte!!
One Shot: Jingi Naki Otome-tachi


Começando pelos mangás não ranqueados, tivemos como capa da revista JoJolion, que como comentei está comemorando 30 anos de publicação (no caso JoJo está comemorando, já que JoJolion é o nome da oitava parte do mangá). É incrível como a série conseguiu se renovar completamente nos últimos anos, saindo de uma série com boa popularidade, para uma com uma popularidade gigantesca - Essa é prova, como um anime pode ajudar o mangá a recuperar sua popularidade e voltar a estar entre os mais vendidos. E olha, é até muito bom, a Ultra Jump ter um mangá como JoJo como "carro-chefe" da revista, pois é um mangá que trás muito prestígio para a revista, que ultimamente está com poucos mangás de respeito e que ao mesmo tempo tenha uma grande popularidade.

Nessa edição tivemos página colorida para uma nova, e duas para séries que estão lançando os seus novos volumes. Lady & Oldman que deve ter vendido cerca de 13 mil cópias, e Mononogatari que deve ter vendido 21 mil cópias em 7 dias - As duas séries parecem estar indo muito bem de popularidade para os padrões da Ultra Jump, por isso os editores nem deve estar pensando em cancelar as duas séries, principalmente Mononogatari, que se continuar aumentando de vendas pode conseguir aparecer no Ranking Oricon de mais vendidos, o que é um feito realmente gigantesco para os padrões da revista. E olha, não é que Lady & Oldman também está indo mal, principalmente se levarmos em conta o seu estilo, que é bem restrito e não agrada o público mais jovem que lê a revista. Se para a maioria das revista 2016 foi um ano complicado, para a Ultra Jump foi um ótimo ano, tendo só uma perda chocante, que foi Peace Maker.

A primeira colocação ficou com Dasei 67 Percent, a série é uma comédia curta com elementos de ecchi, e que vem agradando muito o público - Até agora foram lançados dois volumes, mesmo a série tendo dois anos de vida - Isso acontece por o mangá ter muitas poucas páginas por edição, cerca de 10, por isso só depois de 13 ou 14 volumes, o mangá tem páginas o suficiente para lançar um volume. Isso inviabiliza também o sucesso comercial da série, porém, não inviabiliza o sucesso interno na revista, pois os leitores da Ultra Jump e também da Jump SQ, são acostumados a mangás desse estilo. Dasei 67 Percent nunca poderá se considerado um pilar da revista, mas com certeza é popular o suficiente para se manter na revista, e também conseguir outras primeiras colocações, como aconteceu nessa semana. Em segundo lugar tivemos Ariadne no Kanmuri, que é outro mangá que está muito seguro na revista.

Em terceiro lugar tivemos WIXOSS, que depois de muito tempo acabou sendo encerrado. O mangá vendia bem para os padrões da revista, mesmo nunca aparecendo no TOP 50 do Ranking Oricon, e para uma série que derivou de um anime, conseguiu durar muito tempo (normalmente essas séries acabam sendo canceladas meses depois do encerramento da primeira temporada do anime), por isso, podemos considerar um mangá um sucesso no limites do seu possível. Será estranho receber uma Ultra Jump, e não ver uma carta de WIXOSS, já que a revista entregava aos leitores uma carta por edição - Pode ser que na verdade a obra só esteja mudando de nome, mas veremos isso próxima semana -. Em quarto lugar tivemos Maou-Sama Chotto Sore Totte!!, que também parece estar se estabilizando na revista. O mangá chegou na revista no inicio desse ano, antigamente era lançado na Miracle Jump, a revista secundária da Young Jump, e vem na Ultra Jump mostrando ótimos resultados em sua popularidade interna. A verdade é que o público da revista gosta muito dessas comédias protagonizada por garotas.

Em quinto lugar tivemos Koi wa Hikari, que é um mangá que não tenho nenhum dados de vendas, por só é vendido digitalmente (não digo em lojas digitais, porque se isso acontecesse, estaria aparecendo no Ranking Shogeki, mas somente em mídia digital), mas se levarmos em consideração suas ótimas posições, semana após semana, e também sua longa estadia na revista, chegaremos a conclusão que o mangá é um bom sucesso, e os editores não estão planejando de nenhum modo encerrar-lo. Koi wa Hikari talvez seja uma das séries mais seguras na revista. Em sexto lugar tivemos o mangá do nosso querido Oh Great!, que após o encerramento de Peace Maker, ocupou a vaga de segundo pilar da revista. Biorg Trinity, pode carregar nas suas costas muitas críticas em relação a sua história, contudo, para mim, ainda é a obra mais promissora da revista, pois no estúdio correto, a sua arte pode resultar em capítulos realmente fantástico visualmente. É como aconteceu com Kekkai Sensen, que tinha uma história bem confusa no seu início, mas pelo ótimo trabalho do estúdio responsável (Bones), conseguiu alcançar um bom comercial.

O público da Ultra Jump pode ser composto por muitos leitores sérios, que gostam de mangás profundos, mas ao mesmo tempo, a revista também tem um grandíssimo público adolescente ou jovens tarados, que gostam de séries com "garotas kawaii" semi-nuas - Monster's Kindergarten aposta justamente nesse público. A série estreou como uma série curta, mas conseguiu uma popularidade tão grande dentro da revista, que os editores decidiram manter a série por mais tempo; o seu problema é que mais uma série que tem pouquíssimos páginas por edição, cerca de cinco. Eu pessoalmente não consigo gostar de uma série na qual mulheres que parecem garotas de 10 anos são sexualizadas, mas no Japão isso é um fator cultural, e realmente muitos homens, principalmente adolescente, tem um fetiche por garotas que parecem muito jovens e são extremamente fofas.  Como já comentei, caso eu leia um ecchi, prefiro mil vezes um mangá que tenha personagens femininas com características de mulheres adultas, mas vamos deixar esse mangá de lado, e partir para a próxima série;

Gingitsune ficou na oitava colocação, e é um outro mangá que está muito bem na revista, não correndo nenhum risco de ser cancelado. O seu anime fez que a série conseguisse alcançar um bom patamar, e se pensarmos bem, podemos dizer que é o terceiro pilar da revista, talvez disputando essa vaga com No Guns Life e RWBY, que também são outros dois mangás que tem uma boa popularidade. Gingitsune é uma daquelas histórias que consegue agradar todo o público leitor da revista, tanto os mais adultos, quanto aqueles mais adolescentes, por isso o seu sucesso é mais do que natural. Logo após, tivemos na nona colocação, No Guns Life, que é outra série que tem um grande potencial - Enquanto Gingitsune já ganhou um anime, por isso suas vendas não devem mais aumentar, No Guns Life ainda não ganhou uma versão em anime, porém infelizmente deve demorar muito para ser adaptado, pois como percebemos com Biorg Trinity, as séries da Ultra Jump são ignoradas pela maioria dos estúdios. Próxima semana No Guns Life, deve ganhar uma nova capa, fazendo assim um passo a frente na vaga de terceiro pilar (que realmente, tem tudo para ser sua).

Décimo primeiro lugar tivemos RWBY, que é um mangá baseado no anime de mesmo nome, e do mesmo modo que o anime faz uma grandíssimo sucesso, o RWBY também parece estar agradando muito o público leitor da revista, chegando inclusive a disputar, meio por fora, a vaga de terceiro pilar. Mangás baseados em animes são importantes para revistas como Ultra Jump, porque são uma grande fonte de novos leitores. É um modo de conseguir atrair mais de 10 ou 20 mil leitores novos. Revistas que já vendem muitas unidades tendem a não adotar essa estratégia, pois o ganho é realmente muito pouco, mas a Ultra Jump, por exemplo, atualmente vende 60 mil cópias, que é uma quantidade boa para o padrão uma revista de baixo porte, mas passa longe de ser uma quantidade invejável, por isso, 10 mil leitores a mais, significa muito. Em décimo primeiro lugar tivemos Connect, que pode estar começando a correr um pouco de risco na revista, mas sabemos como os editores da Ultra Jump são imprevisíveis, por isso, devemos ver como vai ser as vendas do seu primeiro volume, que ainda não foi lançado. A série conta a história de duas pessoas que através da música se conectam.

Se tu não gosta de séries como Monster's Kindergarten, mas está a procura de ecchi, talvez a sua resposta seja o décimo segundo colocado; Rapaz Theme Park, que é uma série ecchi hardcore, com garotas com peitões gigantescos e cenas brutais de violência. Eu infelizmente já passei dessa fase, e quase nenhuma série do gênero consegue me atrair, mas para quem gostou de mangás como Prison School, essa série pode ser um bom achado. O seu único problema é que talvez esteja correndo risco de ser cancelado. Eu sinceramente não gostei do rumo que os editores deram para a revista, para mim é importante a revista ter um ou dois ecchi's (revistas mais adultas, pode chegar tranquilamente a três), o problema da Ultra Jump, é que encheu a revista de mangás do gênero, cancelando aquelas séries mais "cult's" e profundas. Atualmente temos uma revista muito mais superficial, e com uma identidade totalmente nova. Realmente, o ano de 2016 foi um grande achado para a revista, tantos novos sucesso, mas ao mesmo tempo, esses novos sucessos são destinados a um público novo, e não mais aqueles que compravam a revista previamente. Estamos vendo uma mudança completa na "cara" da Ultra Jump - Não é algo ruim ou bom, é simplesmente questões de gostos. O importante para mim, é a revista conseguir aumentar suas vendas.

Em décimo terceiro lugar tivemos Hayate x Blade 2, que já é praticamente um veterano na revista, e sempre foi classificado nas últimas colocações, por isso não deve estar correndo algum risco. E na décima quarta colocação tivemos Ad Astra, mangá sobre Hannibal, o grande conquistador que derrotou o império romano - A série não consegue mais ter o mesmo folego de antigamente, e pode estar correndo risco de ser cancelado. Ainda acredito que os editores preferem cancelar Connect ou Rapaz Theme Park, ao invés de cancelaram uma obra de respeito como Ad Astra, mas vendo essa mudança de público leitor da revista (que daqui a pouco será dividida entre admiradores de ecchi e leitores de JoJo - que se aumentar as vendas da revista, pode sinceramente ser uma boa empreitada), pode ser que acabem salvando Rapaz Theme Park, decidindo assim cancelar realmente Ad Astra ou Connect, dependendo do caso. Percebemos, que a Ultra Jump está mudando, e a maioria das pessoas sabem que não sou um grande admirador do gênero "Ecchi", mas como já comentei em uma reflexão semanal, é uma questão de gostos, e não devemos julgar quem gosta do gênero. Eu, pessoalmente estou cada vez menos gostando da Ultra Jump, mas comercialmente falando, caso o resultado seja um aumento de vendas, não poderei criticar a decisão editorial. 

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